Hoje, 30 de maio de 2025, é o último dia para a entrega da Declaração do Imposto de Renda.
Neste momento de encerramento da temporada de Imposto de Renda, reservei um tempo para refletir sobre o verdadeiro papel do contador, uma profissão que vai muito além dos números, análises, estratégias tributárias, tecnologia, inteligência artificial, sistemas, reforma tributária e imposto de renda.
Vivemos em uma era em que dados e informações circulam com uma velocidade quase inalcançável. No centro desse fluxo, muitas vezes de forma discreta e longe dos holofotes, está o contador, um profissional que carrega uma das mais delicadas responsabilidades da sociedade moderna.
O sigilo profissional, previsto no Código de Ética do Contador (Resolução CFC nº 1.307/2010) e amparado pela legislação civil e penal brasileira, não é apenas uma obrigação legal. É um compromisso ético, humano e silencioso com cada cliente que confia em nosso trabalho.
Ao abrir uma declaração de imposto de renda, não vemos apenas rendimentos, bens ou despesas. Enxergamos vidas. Cada linha preenchida revela fragmentos da realidade de alguém: uma luta contra a doença, o luto por um ente querido, o nascimento de um filho, a conquista de um imóvel suado, o encerramento de um ciclo. É um exercício de sensibilidade muito além do cálculo.
O contador, solitário diante de seu computador, não julga. Ele interpreta, organiza, orienta e protege. E, para cumprir essa missão, muitas vezes renuncia ao próprio tempo, à presença da família, ao descanso. Trocamos fins de semana e feriados por prazos e planilhas, conscientes de que nossa atuação impacta diretamente a vida das pessoas.
Ser contador é mais do que exercer uma profissão. É viver uma missão, sustentada por valores que não se negociam como ética, sigilo e respeito.
Somos profissionais que, muitas vezes, não estampam capas de revistas ou brilham em premiações públicas, mas que fazem a roda da economia girar, seja por meio da contabilidade das empresas, do controle das contas públicas ou do suporte silencioso à vida financeira de milhões de contribuintes. Fazemos isso com a convicção de que proteger a privacidade e os dados de quem nos confia suas informações é um ato de respeito à dignidade humana.
Na Real Domínio Contabilidade, tratamos essa responsabilidade com a seriedade que ela exige. Cada cliente não é um número. É uma história. E nossa missão é zelar por essa história como se fosse nossa.
Enquanto o mundo avança em velocidade, nós seguimos firmes nos mesmos princípios: ética, transparência e humanidade. Porque, no fim das contas, não trabalhamos apenas com obrigações fiscais, números e patrimônio. Trabalhamos com vidas.